segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

teste 2

sábado, 12 de outubro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013


As eleições são este domingo, mas a campanha já deixa saudades. Pessoalmente, ganhei uma rua nova. Asfalto novo, buracos quase todos tapados e uma rotunda no final da Avenida que estava em papel há 6 anos.

E os tesourinhos que mostram bem um dos nossos maiores problemas no país - a falta de qualidade e de criatividade. Vimos campanhas bem-intencionadas mas claramente com recurso a não-profissionais.

Quando será tempo de percebermos que a qualidade paga-se? E que os níveis de exigência terão que estar sempre lá em cima?


Post by Cristiano Araújo.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Hoje recomeça a Champions League. Finalmente!!!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O mau uso das redes sociais na campanha eleitoral de Santo Tirso.

As redes sociais estão na moda. Goste-se muito ou pouco, os canais de comunicação são cada vez em maior número e com diferentes impactos. Actualmente, uma das minhas ocupações é gerir redes sociais.

Saber comunicar para um grande público é apenas uma parte das tarefas. Saber escolher os conteúdos que partilhamos é muito importante: os cuidados com a aparência, a mensagem escolhida, o tipo de linguagem e o momento em que partilhamos.

Há várias técnicas para o alcance da nossa mensagem. Umas naturais, outras artificiais. E consigo identificar muito rapidamente o que teve natural impacto juntos dos utilizadores ou o que foi manipulado, para aparecer a mais pessoas.

O Luis Melo já escreveu no seu blog, Era mais um fino, o que pensa sobre este assunto. Afirma que não é ilegal, mas até é. A CNE informou os candidatos sobre uma série de limitações e em que a publicidade paga no facebook não seria permitido.

Vou deixar a minha opinião sobre isto e misturar algumas ideias que fui acumulando. A campanha digital entrou em força em 2013. É obrigatório estar presente, mas é preciso fazer bem. A uma empresa, fazer publicidade não chega. É preciso fazer BOA publicidade. A um político ainda mais.


E aqui começa uma série de erros. O design da grande maioria das publicações não é minimamente cuidado. A mensagem por vezes perde-se no mau alinhamento escolhido para o design. No entanto, a campanha entrava em ritmo de cruzeiro e como é política, os apoios surgiam, como é natural. Esta foto seguinte é um óptimo exemplo. A foto de capa, a mais vista pelo seguidores da página, porque está lá diariamente, tem a cara do candidato tapada pelo microfone.


As fotos apresentadas são partilhadas por amigos e familiares, os candidatos dão-se a conhecer, os elogios e as cartas de recomendação aparecem. O caminho escolhido pela grande maioria de candidatos a nível nacional, diga-se.

Até que, algo de muito estranho acontece. Há várias teorias que se podem construir sobre os motivos para impulsionar o número de gostos e de visitas às mensagens do candidato. Não sei, não quero especular sobre os motivos.

No entanto, há algo concreto a apontar. Tudo aponta para compra de publicidade ou para a compra de gostos (sim, já é um negócio receber uns cêntimos para se colocar gostos em páginas e publicações). Na parte legal, não me quero envolver. Estou mais do que habituado a ver os políticos a utilizar um decreto-lei XPTO/1 alínea 5 para dizerem que o que fizeram é correcto.

Quero focar-me nos resultados. A média dos gostos por publicação andava nos 30 a 40 likes, o que é o reflexo do impacto nos seus fãs da página. De repente, o vídeo de apresentação passa para os 650 likes e para uma série de partilhas. Wow. Fantástico. Era mesmo isto que as pessoas queriam, um vídeo.

Hummm... não, não é essa a realidade. Desse total de gostos, 80 a 90% vêm de estrangeiros. Indonésia em destaque. Chegou-se ao cúmulo de haver mais gostos na publicação do vídeo do que visualizações do youtube (no momento que escrevo, 618 visualizções, 690 gostos).

Cheguei a pensar que afinal Santo Tirso era muito conhecido na Ásia e que as pessoas se interessavam pelo que aqui se passa. Afinal não.

Foi apenas manipulação, uma tentativa de mais audiência às ideias do candidato. Correu muito mal. Ok, estas coisas do marketing digital nem sempre funcionam bem. Mas sabem o que me choca?

É que o candidato não tenha percebido o mal que isto lhe causa à sua imagem e que tenha permitido que a sua equipa de comunicação repetisse este procedimento, com destaque nas propostas políticas. Já passaram 7 dias desde a primeira tentativa de publicidade e continua ser usada noutras publicações. O que Alírio Cânceles pensa de Santo Tirso, tem muito mais impacto na Ásia do que no local onde deveria.

Além da legalidade e da moralidade, levanta uma questão muito mais importante e que já tinha tido um expoente máximo no panfleto da candidatura em que convida os cidadãos de Santo Tirso para uma apresentação que já tinha sido realizada 8 dias antes. Levanta uma questão de competência. Neste caso, de total incompetência no domínio de uma ferramenta tão importante como a via digital. E de incompetência na gestão de uma campanha, que me faz assumir que essa capacidade seria transportada para a gestão do município. O povo vai decidir nas urnas, mas para Alírio vencer, irá precisar dos votos asiáticos. De TODOS. Agora percebo o slogan.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Gangsters Indonesia: "Os crimes de guerra são decididos pelos vencedores. E nós ganhamos. E o que fizemos não é crime "

Fiquei várias vezes em estado de choque a ver este filme. Obrigado Luís e obrigado Daily Show por me darem a conhecer este fantástico trabalho de cinema mas acimda de tudo, de história.

The Act of Killing! está agora nos cinemas, é apresentado em forma de documentário e retrata uma sub-espécie quase humana - os gangsters indonésios, responsáveis pela "exterminação" de 1 a 2 Milhões de pessoas entre 1965 e 1966.

Ver que todo aquele regime está assente na mentira, no abuso do poder, na corrupção e no medo chocou-me muito mais do que aquilo que imaginava...

O ser humano é um bicho muito estranho, capaz de tudo... tudo! 




É impossível não associar este filme ao massacre de Santa Cruz, que me marcou bastante, na altura um miúdo com 14 anos. E leva-me a questionar, quantos países existem com ditadores que tudo permitem para que o seu regime se mantenha? Onde os seres humanos são obrigados a entrar na guerra, no "Kill or be Killed".

Aterrador ver todos os exercícios de graxismo que existe dentro deste tipo de sociedade e saber que os valores ocidentais, que tanto prezamos, logo ficam esquecidos se os montantes de dinheiro envolvidos são tentadores.
Ajuda a perceber porque os asiáticos são muito competitivos a nível de produção. "competitivos", aquela palavra bonita com que nos enganam para esconder a verdadeira - escravidão!

"Os crimes de guerra são decididos pelos vencedores. E nós ganhamos. E o que fizemos não é crime." - The Act of Killing!, 2012.

domingo, 21 de abril de 2013

O derby na capital portuguesa.

Assentar e escrever de forma regular não está a ser tarefa fácil. Um mês muito intenso, com um novo projecto quase a ver a luz do dia (fica para mais tarde), uma mudança nos horários, uma formação sobre e-marketing e o blog esquecido no canto. A ver se muda.

Ainda não sei muito bem que modelo escolher, se vários posts com temas diferentes, se apenas um com 3/4 temas. Não sei... Talvez um mix de tudo. O derby está quase a começar e ainda não sei se acabo o artigo antes do jogo começar, pelo que o melhor é ser este o único tema.

Este jogo é, a seguir ao jogo no Dragão, o de maior dificuldade para o líder Benfica. Jorge Jesus aprendeu imenso nas duas últimas épocas e este ano não cometeu o mesmo erro, rodando os jogadores, o que permitiu maior frescura e menor gap entre titulares e suplentes, como aconteceu no ano passado após o desastre de Guimarães.



É um facto que até a maioria dos portistas reconhece. Este Benfica está forte e está mais forte do que há dois meses atrás, onde teve uma série de resultados perigosos e onde podia ter descarrilado. Aguentou-se bem, tal como no início da época em que ficou sem Witsel, Javi Garcia e Luisão por dois meses e quase não perderam pontos. Um enorme trabalho táctico de Jorge Jesus a preparar os miúdos portugueses que ajudaram a equipa e a colocar Enzo Perez no meio. Uma época brilhante, até porque estão na final da taça e nas meias-finais da Liga Europa.

No entanto, o ano passado não foi apenas o cansaço dos jogadores. Foi o aspecto mental, foi os jogadores aplicarem-se muito mais na Champions do que nas competições internas que provocou o descalabro. Mais uma vez, JJ esteve bem em resolver este problema ao passar a mensagem de que perder a Liga Europa não é nenhum drama, a prioridade era a Liga. Bem, não o problema não foi resolvido. Foi adiado.

Nas próximas semanas, o Benfica e JJ podem ganhar tudo ou podem perder tudo. Ou ganhar apenas a Taça, que é fetiche de JJ. O cerco começa a apertar e a pressão vai ser enorme em cada jogo onde a bola não entrar cedo. Notou-se isso no jogo com a Académica, em que os últimos minutos de jogo mostraram péssima qualidade no futebol, apesar do coração e do querer.

O primeiro grande desafio chama-se Sporting, curiosamente uma equipa que parou o Porto na segunda volta e retirou dois pontos. Mas este Sporting é bem diferente do que jogou contra o Porto. E para melhor. Bruno de Carvalho foi eleito presidente. Foi para o banco em Braga e venceram no último minuto. Ele estava no meio dos adeptos, vibrou, festejou como todos os adeptos gostavam de ter festejado um triunfo numa época muito complicada para aqueles lados, resultado da gestão desportiva de Godinho Lopes.

Na jornada seguinte, nova vitória e novamente no último minuto.Alvalade explodiu e teve 15 dias para preparar o único objectivo que têm em prova: alcançar o 5.º lugar. E tudo ficou mais interessante na tarde de hoje. O Marítimo, o Rio Ave e o Estoril perderam e o Sporting com 3 pontos passa para 5.º lugar e salva a face após uma época desastrosa.



Este é o cenário no balneário leonino. Eu, como portista, acredito na vitória do professor Jesualdo na Luz, algo que ele fez várias vezes com o meu clube, sendo apenas parado no ano do túnel. A pressão para os lados da Luz está a chegar aos níveis mais perigosos, porque a meta está próxima e a ansiedade pode ser o último obstáculo a uma época de glória. Sim, infelizmente, o Benfica precisa de perder novamente o campeonato para a minha equipa ser campeã. Mas quantas vezes já fez isso? No legado de Vieira? Felizmente  várias.

P.S. Seja qual for o resultado, espero que não haja problemas no Marquês do Pombal. Em dia de derby, haver toneladas de pedras espalhadas pela rotunda pode ser uma arma muito perigosa.

terça-feira, 12 de março de 2013

Málaga - FC Porto - Vamos precisar de um Costinha?

Hoje é dia de gala para os adeptos portistas. Jogamos na Champions e já só estão 10 equipas em prova, sendo que no final do jogo estarão apenas 8 em prova. Conseguirmos a qualificação é sinal de objectivos cumpridos, de termos feito a nossa obrigação e de dar início ao sonho de reconquistarmos o caneco mais importante do mundo do futebol.

Sim, a Champions é o troféu mais importante do mundo do futebol. Os campeonatos do Mundo e da Europa apenas decorrem de 4 em 4 anos e Portugal apenas conseguiu estar presente uma vez na final. Eu, como adepto, gosto de vitórias. Daí que a Champions League seja aquele momento em que todos os sonhos valem.

Como portista, tenho a enorme felicidade de ter vivido as duas vitórias, de as ter celebrado até à exaustão e com a feliz coincidência de ter nascido a 27 de Maio. Digamos que meu 10.º aniversário está gravado na memória e que o 27.º é o melhor de todos. Afinal  foram 11 horas de espera em plena Avenida do Dragão para receber os nossos heróis, a festejar rodeado de amigos e de portistas. Inesquecível.



É ainda muito cedo para começar a pensar na final, mas sem alimentarmos o sonho e a ambição, sem sabermos para o que vamos, mais difícil se torna a caminhada. E a verdade é que as equipas em prova dá-me alento para começar a sonhar. Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique estão num patamar acima do nosso. É verdade. Em jogos a duas mãos, somos claramente underdogs. Na final, andará sempre perto dum 50/50.

Uma equipa habituada a dominar

A nossa equipa tem uma identidade própria, muito forte e muito difícil de anular. Gostamos de ter posse de bola. Mas gostamos de atacar, de mandar no jogo, de comandar as operações. Já o disse várias vezes, o nosso ponto mais forte é a rapidez da recuperação de bola, eliminando situações de transição e ataques perigosos dos adversários. Lembram-se do 11 inicial do Málaga? 4 avançados, com o objectivo de tentar ter bola no nosso meio-campo, anulando a nossa recuperação rápida.

Qual foi o resultado prático? Não funcionou. Estivemos ainda mais motivados e estivemos sempre por cima. Foi o melhor exemplo de que há equipas que defendem não porque queiram, mas porque são obrigadas a isso. Se a ideia fosse defender dentro dos últimos 30 metros, não jogariam Isco, Júlio Baptista, Roque Santa Cruz e Joaquín de início.

Hoje, o jogo pode não ser muito diferente. O Málaga tem o apoio do seu público, mas se tentar fazer o seu jogo habitual, poderá ter as mesmas dificuldades que teve no Dragão. E desta vez temos o extra de não estarmos desesperados com golos.

O nosso 11

A boa notícia é o regresso do nosso maestro. Com ele, a qualidade da equipa sobe de forma exponencial. Com Moutinho de volta, temos o melhor meio-campo possível, com Fernando, Lucho e João. Não acredito que seja possível guardar Moutinho no nosso campeonato durante muito mais tempo, tal como James ou Jackson. Mas quero disfrutar ao máximo da sua presença e gostava de o ver jogar em Wembley, no dia 25 de Março deste ano.



As dúvidas no 11? Mangala ou Maicon, Varela ou Izmaylov. Na defesa, Maicon esteve melhor neste último jogo, Mangala estava muito forte antes da lesão, apesar de um ou outro erro mais infantil. Poderá ser a experiência a levar Maicon para o 11, sinceramente é uma incógnita para mim.

Sobra o ataque. Jackson está certo, James ainda não está na melhor forma, mas acredito que seja titular. Poderá ser guardado como reserva para ver como decorre a primeira parte, mas eu acredito que vamos marcar cedo e com James a qualidade aumenta imenso. Falta o outro lado. Varela tem peso no balneário, não está a fazer uma época brilhante, mas tem as características que VP considera importantes para logo à noite: prender a bola na frente e defender muito bem.

A minha principal preocupação é o lado direito da defesa. Se James fugir muitas vezes para o centro, Antunes pode criar desequilíbrios que coloquem Danilo em apuros. Por falar no brasileiro, o jogo de hoje é uma boa altura para mostrar o seu valor e o seu custo. Na primeira mão, esteve menos bem, mas hoje é um jogo bem diferente para ele.

E depois de Málaga?

Temos 8 finais pela frente na Liga Zon Sagres, com 5 jogos fora e adversários de respeito. Marítimo, Braga, Benfica e Nacional. Uma eliminação pode ter efeitos devastadores e a passagem vai complicar o calendário, colocando vários jogos no programa de Abril. Nada que seja uma novidade para nós, mas que levanta questões pertinentes. E no caso de passarmos e termos pela frente um dos underdogs da Champions, qual deve ser a nossa prioridade? Tentar vencer as duas competições e arriscar a ficarmos longe dos dois troféus? Dar primazia ao campeonato? O nosso plantel é curto. Sim, curto. Porque temos 5/6 jogadores de classe mundial e que não se substituem. Moutinho, Jackson, James, Fernando não têm companheiro à altura. Na defesa, apesar de termos apenas 5 opções, temos várias combinações que permitem não perder qualidade.

O sonho começa hoje!

Em 2004, admiramos Mourinho pelo seu pedido ambicioso. Venha o Manchester. Percebe-se hoje qual o sentido do seu pedido. Depois de eliminar os Red Devils, o seu trabalho de motivação com os jogadores tornou-se... simples. Bastava clicar em play, passar o vídeo do minuto 89 e aquilo mexia com os jogadores, como ainda hoje mexe com os adeptos. Que não seja preciso sofrer tanto, mas se for, os nossos adeptos estarão lá a puxar pela equipa na altura certa. Afinal de contas, não me lembro de ter estado tão perto de um ataque cardíaco como nesse dia. Eu e muitos portistas.



Vamos precisar de um Costinha?


Força Porto!


terça-feira, 5 de março de 2013

Março e as voltas do Universo

Numa conversa com um dos meus melhores amigos no presente, companheiro de sessões de trabalho e das poucas saídas que ainda consigo ter, disse-lhe que Março era o mês em que o Universo se movia em vários sentidos, que tudo começava a encaixar.

Ele riu-se e perguntou se isso implicava a explosão do universo. Mas espero que a metáfora que utilizei seja a correcta. Com algumas coisas a assentar nos seus merecidos lugares, com o panorama geral em que todos nos encontramos, esperança não nos pode faltar.

Estamos num ponto em que é preciso lutar com afinco para conseguir o que dantes era mais fácil. Não há como fugir a isso. É preciso colocar todo e empenho e profissionalismo e tentar melhorar a cada dia que passa. Mas também é a altura da opinião. Com impacto, sem ruído e sem desviar do essencial.

Não é fácil num país de novelas, habituado a ficção e em que se misturam argumentos reais com desejos menos realizáveis. Daí que, destacar quem consegue ser mais lúcido nestes momentos é fundamental. Mais do que pegar em 4 ou 5 textos de vários autores, apontar um erro pelo passado de todos, e aplicar o copy-paste porque se irá ter projecção ao dizer o mesmo que todos, importa ser o mais verdadeiro possível.

A Blogosfera está inundada de blogs. Sigo alguns com regularidade e ainda não faço ideia do que temas irei abordar aqui. Se será actualizado com muita regularidade ou não. Gostava, mas não prometo. Espero que a maior parte das vezes escreva por aspectos positivos. Pelo amigo que conseguiu por o negócio a andar que tanto esperava, pelo colega que deu a volta e arranjou um emprego, por alguém que foi promovido. Felizmente, conheço imensa gente com muitas qualidade em Portugal.

Os jornais gostam de sangue, de falar do árbitro e não dos jogadores, da troca de piropos entre políticos do que da discussão de ideias, das empresas que fecham do que das empresas que abrem. Muitas vezes, por facilitismo, o que condeno. Contar sempre a mesma história é mais fácil do que perceber os detalhes. E se forem 3 passos normais, como quebra de vendas, falta de pagamentos, falta de salários e mais desemprego, é fácil. Muito mais difícil é perceber o que leva tantas e tantas empresas a sobreviver. E a levantarem-se.

E destaco as empresas porque atrás vão uma série de famílias, de comunidades, que fazem a vida ter sentido. E porque em Portugal, país com 90% de PME, precisa que se dê o real valor ao que de bom produzimos. Temos uma geração que estudou, que viajou, que está em permanente contacto com o primeiro mundo com a TV e velocidade de internet que temos e que acumula conhecimento. Muitos não conseguem cumprir aqui os seus sonhos e procuram no resto do mundo global. Alguns por necessidade, mas muitos porque são melhores profissionais do que o resto do mercado.

Nenhuma empresa alemã contrata um engenheiro português em relação a um alemão que não seja pelo factor qualidade e rendimento. Se não gostassem, se não estivessem perfeitamente satisfeitos, já teriam trocado. Dinheiro não é problema e eles contratam os melhores. Os nossos.

Espero que possa ajudar algum conhecido, que precise de ajuda em alguma área que eu já tenha experiência, porque faz-me sentir realizado. E temos de perceber que o mundo, hoje em dia, funciona melhor em equipa. Em rede. Podemos gostar ou preferir ser mais recatados, mas é esta a realidade. As redes sociais permitem um fluir de informação que ainda não estamos com capacidade de analisar o impacto que terá na vida de imensas pessoas, daqui a 1,2 ou 3 anos.

Agora, é altura de por mãos à obra. De esta geração movimentar-se. De perceber o que podemos fazer por todos nós, de valorizar (finalmente) o colectivo em vez do individual. Warren Buffet diz que o poder está na classe média, quer os políticos o queiram admitir ou não. Que se aproxima a era de que são as pessoas que realmente mandam. Os Estados Unidos não são Portugal, mas temos gente muito capaz e muito lutadora. Já é altura de termos um pouco de sorte também.

Assim, que haja inspiração para escrever. Desde a política ao vídeo divertido, do futebol ao trabalho, das ambições de uma geração à realização pessoal. Caso contrário, nunca vão descobrir este canto. :)